Eu comecei a me sentir mais comprometida com as questões da Vida do Planeta através de um retiro que fiz em 2007, que ligou a espiritualidade com a Cosmologia e nosso lugar como humanidade na vida do universo. Eu já tinha participado há um ano num grupo novo da Conferencia de Religiosos em Goiânia, o Grupo Cerrado, que abriu minha consciência sobre a importância deste Bioma para o futuro do planeta.

Desde então eu sinto que uma parte do ‘ministério’ que faço é trabalhar para que a vida que Deus criou e colocou em nossas mãos seja apreciada, respeitada, e cuidada. Envolve muito um crescimento na minha espiritualidade, buscando perceber a presença de Deus na complexidade e inter-relações de tudo que vive:

“Somos uma única comunidade da vida e, como todas as espécies,
temos uma função a cumprir para aumentar o bem comum."

A natureza, em toda sua beleza e diversidade, ajuda a relacionar-me com o Deus Criador, um Deus que ama a diversidade e que une tudo na interdependência.

Também meus interesses para ler e refletir têm se diversificado. A Carta da Terra, os escritos de Leonardo Boff, Teilhard de Chardin , Thomas Berry, sobre a questão de evolução e mudanças climáticas.... tudo me interessa e quero passar para outros. Quem vai sofrer mais com a destruição da natureza e com aquecimento global, quem já sente mais os efeitos disso são os mais pobres em todos os países. Um compromisso com os empobrecidos exige hoje um compromisso com a vida do planeta.

No Grupo Cerrado, CRB Goiânia, eu participo com outras religiosas e leigos/leigas para aprender juntos, compreender melhor a situação atual, e buscar meios concretos de ajudar outros a entender e se comprometer com a vida. Ajudei a escrever dois livrinhos que publicamos para usar com grupos de reflexão, com jovens ou com grupos nas escolas: Cerrado, Jardim de Deus e Sustentabilidade: 3R’s.
Fazemos oficinas sobre questões do Cerrado Brasileiro com alguns grupos, e apresentações com grupos, especialmente durante a Campanha da Fraternidade sobre A Vida do Planeta em 2011.

Vou participar com 22 Irmãs de São José, vindo de vários paises, na RIO+20, a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável que ocorrerá no Rio de Janeiro, Brasil, de 20 a 22 de junho de 2012.

Nas comunidades onde eu ajudo na Pastoral, estamos plantando uma pequena horta com plantas medicinais; tentamos usar menos produtos descartáveis. E a missão está bem desafiante dentro da minha própria casa, na minha rua! Tento usar o ônibus em vez de carro, quando ando sozinha. Bicicleta e a pé melhor ainda! Fazer a reciclagem é simples, mas nem sempre conseguimos. Consumir menos, evitar comida com agrotóxicos, saber onde e por quem está sendo produzido o que consumimos.... tudo é essencial para viver numa maneira mais consciente e mais fraterna.

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Ministério de Irmã Cristina

Sou enfermeira formada e trabalhei vários anos nos Estados Unidos antes de perceber que Deus estava me chamando para algo mais.  Fui conhecer as Irmãs de São José de Rochester e gostei muito como elas são inseridas no meio do povo fazendo o que for preciso, principalmente com as pessoas mais pobres.  Também descobri que elas tinham um hospital muito bom onde eu poderia trabalhar!  Resolvi pedir para ingressar na Congregação.  Mas Deus ainda tinha mais planos para mim e, ao invés de ser enviada para aquele hospital tão almejado depois de fazer os primeiros votos em 1968, eu fui enviada para a cidade de Paranaiguara no Brasil!!  

Todas as irmãs naquela época eram professoras e trabalharam nas escolas da cidade. E isso não era meu dom! Então fui para a rua conhecer as pessoas mais pobres, junto com mulheres que já estavam fazendo este serviço.  Participei no meu primeiro “Natal dos menos favorecidos” e percebi como poderíamos trabalhar menos e melhor, se organizássemos o trabalho mais um pouco.  Encontrei com pessoas com hanseníase e sem remédio porque o Posto de Saúde estava fechado. Consegui um contrato com o Estado de Goiás e o Posto de Saúde foi aberto novamente, esta vez, junto com um médico recém-chegado na cidade.  Preparei um treinamento para trabalhar com gestantes e organizei um curso para as parteiras da cidade; depois trabalhamos com as gestantes mesmo.  Trabalho não faltava!!

Ministério de Irmã Éllen

"Fazer tudo de que uma mulher é capaz" inclui mil maneiras inéditas que as irmãs podem ministrar em favor da vida plena para todos. Por exemplo, Irmã Éllen Kuhl serve mulheres gestantes como doula (palavra grega que significa mulher que serve outras mulheres). Ela é voluntária na Maternidade Nascer Cidadão, uma entidade publica na periferia de Goiania. Por um dia a cada semana ela acompanha com sua presença as mulheres parturientes, oferecendo-lhes apoio emocional, técnicas de relaxamento e outras medidas de conforto que contribuem para um parto humanizado.

Este trabalho de doula foi reconhecido em 1996 pela Organização Mundial de Saúde (OMS ). Um estudo de médicos norte-americanos mostrou que a presença delas na hora do parto reduz em 50% o índice de cesarianos e diminui em 25% a duração do parto normal. A mulher dá à luz mais rápidamente e com menos dor.

O caminho que levou Ellen a ser doula passou por vários passos. Ela aprendeu Shantala numa casa em que se cuida de bebês de alto risco à saúde; atuou durante 6 anos na Pastoral da Criança, primeiro em Uberlândia e depois em Goiânia.

Ela se formou em terapia corporal e agora aplica estas práticas com mulheres e seus bebês no tempo sagrado de gestação, parto e os primeiros meses do bebê.

        "Ser companheira de parto", 
    diz Éllen, " é promover a vida mais plena 
às mães e seus bebês num ambiente seguro, cercado de amor."



Na Maternidade Irmã Ellen trabalha numa equipe interdisciplinar, com vários outros profissionais e ensina às mães como aplicar o método de massagem infantil, "Shantala" aos seus nenês. Numa clínica ela também dá terapia crâniossacral a crianças e adultos.

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Ministério de Irmã Marlena

Animação pastoral e social às famílias nos acampamentos e assentamentos rurais na diocese de Uberlândia, MG

O trabalho pastoral de evangelização tem como objetivo levar às famílias nos acampamentos e assentamentos rurais desta região o serviço de evangelização, defesa e reconstrução da vida em todas as suas dimensões. Além do fortalecimento da fé das comunidades cristãs, a pastoral quer contribuir à busca de mudanças estruturais na sociedade, para que ela seja mais justa. Ainda mais, a pastoral procura incentivar a preservação do meio ambiente e luta pela melhoria da qualidade de vida dos povos do Cerrado. 

Concretamente, eu trabalho numa equipe que procura ajudar as famílias assentadas e acampadas a viverem sua fé na maneira mais plena possível, diante dos desafios da realidade do meio rural. Visitamos às famílias regularmente, animando as celebrações e a formação contínua, desde a catequese para crianças e jovens, até a preparação de pais e padrinhos para batismo de seus filhos. As distâncias entre as casas e outros aspectos da realidade dificultam a participação regular das crianças e catequistas nos encontros. Apesar de tudo, o povo persiste e procura formação na fé para suas famílias. 

Além deste trabalho mais específico de evangelização, outros membros da equipe de pastoral rural desenvolvem atividades relacionadas à organização social das famílias e enquanto outros prestam assistência jurídica gratuita às famílias que não têm acesso, nem condição financeira para buscar outros meios.

 

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Ministério de Irmã Anne

 “Como é bom trabalhar a Bíblia com o povo!” Ir. Anne Marvin, agente de Pastoral na Diocese de Almenara, MG há dois anos, fala com grande entusiasmo sobre seu ministério. Ela trabalha com três outras irmãs na animação das comunidades da cidade de Felisburgo e muitas comunidades nos assentamentos acompanhados pela Equipe Pastoral de Felisburgo. Ela nos conta: 

“Como uma parte do trabalho pastoral que eu faço estou motivando pessoas das comunidades de Felisburgo, MG a aprofundar o conhecimento na Bíblia. Cada ano recebemos a orientação dos Bispos do Brasil sobre o livro bíblico a ser estudado durante o Mês da Bíblia. Durante setembro de 2010 nossos grupos de reflexão estudaram o Livro de Jonas. 

Estes grupos se encontram em casas e muitas vezes o número de crianças é maior do que o número de adultos. (Provavelmente foi assim no tempo de Jesus.) Sendo que este livro bíblico tem aspectos de uma história infantil, foi fácil envolver as crianças. No encerramento do estudo todos os grupos reuniram-se no salão paroquial e nós fizemos uma peça sobre Jonas. Só três crianças se prepararam para os papéis de Deus, Jonas e o Rei de Nínive. Nós dependemos da plateia para interpretar os marinheiros, o barco, as ondas, o grande peixe, os ninivítas arrependidos, a mamoneira, e o verme que acabou com a mamoneira. Todos têm talento suficiente para estrear nas novelas da Globo!

Sempre gostei do episódio quando Jonas estava sofrendo com o calor. Calor interior porque ele estava com raiva de Deus e sua misericórdia, e calor exterior por causa do sol e do vento quente. Deus quis dar um toque de amor em Jonas e assim fez uma mamoneira crescer rápido e providenciar sombra para Jonas. E Jonas gostou. 

O livro de Jonas foi escrito durante uma época quando o Povo de Deus, como nós de hoje, redescobriu os sinais de Deus na natureza. Uma manhã eu estava indo de Jequitinhonha a Almenara e fiquei boquiaberta quando observei ao longo de alguns quilômetros, nos dois lados da rodovia, pequenas plantas verdes com flores amarelas. O próximo dia, voltando, eu notei que só restaram as plantas. As flores amarelas já haviam cumprido seu destino, alegrando os corações de quem passou por lá. Um toque de amor de Deus!

Como é bom trabalhar a Bíblia com o povo! Bom para eles acredito, e também, muito bom para mim. Os grupos continuam durante o ano, e a experiência de Jonas certamente acompanha cada um.

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Ministério de Irmã Ireny Rosa da Silva

Eu trabalho já há sete anos como secretária escolar numa escola municipal na periferia de Uberlândia. A escola tem um corpo docente de 160 funcionários e uma população de 1670 alunos entre o 1° e o 9° ano. A escola atende à comunidade espalhada ao redor da penitenciária e um grande número dos alunos são ou filhos ou esposas ou irmãos dos encarcerados. As famílias vêm para estar perto do preso e por isso moram em situações das mais precárias, não têm emprego ou sobrevivem como catadores de lixo reciclável. Existe uma miséria generalizada; abuso de álcool e de drogas como maconha, craque, cocaína, e outros. Muitos dos homens, mulheres, jovens adolescentes e até crianças estão envolvidos em atividades criminais. São ladrões, assassinos e são muito violentos. São muitas as meninas adolescentes grávidas cujas crianças têm pais detentos e sem qualquer estrutura familiar. 

O trabalho de educação nesta escola vai além do trabalho da educação formal porque nós, os funcionários, precisamos ajudar este povo a sentir que são pessoas humanas. Dedicamos muito do nosso tempo escutando, dando conselho, orientando a respeito de opções em situações de risco e crime, e a respeito de como conseguir um mínimo de dignidade. Precisamos ser sempre alertas porque nossa situação é de insegurança devido à reação dos alunos e de suas famílias. Nós nos esforçamos para tratar cada pessoa com a dignidade que merece. Educação numa escola assim precisa atender às necessidades sociais porque somos a única referência para a maioria das famílias.

Trabalhando neste ministério acredito que as dimensões do amor, misericórdia, compaixão, espiritualidade, sinceridade, respeito e, sobretudo, o silêncio em certos momentos, o carisma das ISJ é vivo! A diferença na maneira das nossas ações é a busca contínua do reconhecimento do amor de Deus, tratando todos com a mesma dignidade. Esta atitude se torna tangível nas minhas relações com minhas colegas e com a comunidade que servimos.

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Ministério de Irmã Maura Finn

Eu comecei a me sentir mais comprometida com as questões da Vida do Planeta através de um retiro que fiz em 2007, que ligou a espiritualidade com a Cosmologia e nosso lugar como humanidade na vida do universo. Eu já tinha participado há um ano num grupo novo da Conferencia de Religiosos em Goiânia, o Grupo Cerrado, que abriu minha consciência sobre a importância deste Bioma para o futuro do planeta.

Desde então eu sinto que uma parte do ‘ministério’ que faço é trabalhar para que a vida que Deus criou e colocou em nossas mãos seja apreciada, respeitada, e cuidada. Envolve muito um crescimento na minha espiritualidade, buscando perceber a presença de Deus na complexidade e inter-relações de tudo que vive:

“Somos uma única comunidade da vida e, como todas as espécies,
temos uma função a cumprir para aumentar o bem comum."

A natureza, em toda sua beleza e diversidade, ajuda a relacionar-me com o Deus Criador, um Deus que ama a diversidade e que une tudo na interdependência.

Também meus interesses para ler e refletir têm se diversificado. A Carta da Terra, os escritos de Leonardo Boff, Teilhard de Chardin , Thomas Berry, sobre a questão de evolução e mudanças climáticas.... tudo me interessa e quero passar para outros. Quem vai sofrer mais com a destruição da natureza e com aquecimento global, quem já sente mais os efeitos disso são os mais pobres em todos os países. Um compromisso com os empobrecidos exige hoje um compromisso com a vida do planeta.

No Grupo Cerrado, CRB Goiânia, eu participo com outras religiosas e leigos/leigas para aprender juntos, compreender melhor a situação atual, e buscar meios concretos de ajudar outros a entender e se comprometer com a vida. Ajudei a escrever dois livrinhos que publicamos para usar com grupos de reflexão, com jovens ou com grupos nas escolas: Cerrado, Jardim de Deus e Sustentabilidade: 3R’s.
Fazemos oficinas sobre questões do Cerrado Brasileiro com alguns grupos, e apresentações com grupos, especialmente durante a Campanha da Fraternidade sobre A Vida do Planeta em 2011.

Vou participar com 22 Irmãs de São José, vindo de vários paises, na RIO+20, a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável que ocorrerá no Rio de Janeiro, Brasil, de 20 a 22 de junho de 2012.

Nas comunidades onde eu ajudo na Pastoral, estamos plantando uma pequena horta com plantas medicinais; tentamos usar menos produtos descartáveis. E a missão está bem desafiante dentro da minha própria casa, na minha rua! Tento usar o ônibus em vez de carro, quando ando sozinha. Bicicleta e a pé melhor ainda! Fazer a reciclagem é simples, mas nem sempre conseguimos. Consumir menos, evitar comida com agrotóxicos, saber onde e por quem está sendo produzido o que consumimos.... tudo é essencial para viver numa maneira mais consciente e mais fraterna.

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Irmã Jeane Bellini descreve o seu ministério

Entendo que ministério significa um serviço assumido por uma pessoa pela graça de Deus, para o bem comum, o bem de outras pessoas. Antes de perceber que Deus estava me chamando para ser uma Irmã de São José, eu já sentia que eu queria trabalhar com gente. Eu gostava de biologia, mas não me via como uma cientista, por isso, optei por ser uma professora, para estar com outras pessoas, e resolvi lecionar biologia. No segundo ano da minha carreira profissional, entrei na congregação das Irmãs de São Jose em Rochester, Nova York, nos Estados Unidos. Nos anos seguintes percebi que eu gostava muito de conhecer as alunas e suas famílias, acompanha-la em seus desafios e dificuldades e superações – gostava mais que a própria matéria que eu ensinava. Descobri que a vocação religiosa, de ser uma irmã, próxima das pessoas, era mais importante para mim que o trabalho específico que eu assumia.

Em 1976, vim ao Brasil, conviver com as irmãs que já estavam, e ajudar na pastoral. Fui morar com elas no sudoeste de Goiás, nos municípios vizinhos de Caçu e Cachoeira Alta. Descobri logo que o trabalho pastoral é outro ministério que permite entrar na vida das pessoas, conviver e caminhar com elas. As duas cidades eram pequenas, a maioria do povo ainda estava ligada à terra, ou tinha terra, ou trabalhava na terra dos outros. Em 1981, veio um padre de Goiânia, nos visitar e nos contou que fazia parte da Comissão Pastoral da Terra, e nos convidou a um encontro para conhecer a CPT. Eu fui com um padre, uma irmã e três lavradores, entre eles, o Nelcides, de Caçu.

O Nelcides se encontrou e se encantou no encontro; me disse depois, que pela primeira vez ele via que era possível integrar sua militância como trabalhador rural e sua fé cristã. Eu percebi que a CPT me propiciava oportunidades para compreender melhor a realidade do campo e conhecer experiências de outros agentes de pastoral que lidavam com situações parecidas com aquelas que eu encontrava em Caçu. Animei estudos bíblicos, utilizando a metodologia da educação popular, e apoiei a criação e organização do sindicato de trabalhadores rurais. Naturalmente Nelcides e os outros trabalhadores rurais partilharam e celebraram a sua fé com outros, pois Deus nos criou iguais, livres, nos quer bem e nos dá a graça de construir a união no meio dos desafios encontrados.

Em 1983 fui com a Irmã Suzana à região de São Felix do Araguaia, integrar na equipe pastoral da Prelazia de São Felix do Araguaia, junto com o bispo Pedro Casaldáliga. O que nos atraiu à Prelazia foi o jeito com que a Igreja se organizava e a maneira com que os e as agentes de pastoral se relacionavam com o povo da região. Conviviam com o povo nas pequenas cidades e visitavam regularmente as comunidades rurais, de bicicleta, de ônibus, de carona numa camioneta, num jipe velho.... Dadas as distancias, nós ficávamos 2-3 dias em cada visita, visitando as famílias de casa em casa, dormindo em suas casas, e no ultimo dia reunindo todo mundo. Trocávamos notícias sobre os acontecimentos recentes – no município, no estado e no país, conversamos sobre os conflitos de terra na região e a necessidade de organização para resistir às pressões de grileiros. Sempre terminávamos a visita com uma celebração da palavra ou da Eucaristia. Foi assim que criamos laços fortes com as famílias, que nos acolhiam muito bem. De novo, como anos atrás, em Rochester, as pessoas me deixavam entrar em suas vidas, partilhavam as suas dificuldades e seus sonhos comigo. Me sentia muito irmã delas.

Em 2006, mudei para Goiânia, uma cidade grande com uma realidade muito diferente das outras que eu conheci e nas quais vivi. Me ofereci como voluntária à equipe da Secretaria Nacional da CPT, onde ajudei cuidar da biblioteca durante dois anos, depois coordenei uma equipe que digitalizou o acervo de centenas de milhares de documentos, na grande maioria, sobre conflitos de terra. Nestes mesmos anos, eu acompanhava uma comunidade no noroeste de Goiânia, no Parque Tremendão, e fiz parte da equipe da Pastoral Carcerária, visitando os e as presas no presidio em Aparecida de Goiânia.

Desde 2015 faço parte da Coordenação Executiva Nacional da CPT e acompanho as equipes na Secretaria Nacional em Goiânia. Tendo servido em vários lugares, conheço bem várias realidades e minha longa caminhada de CPT me ajuda a contribuir indiretamente às equipes da CPT espalhadas pelo país.

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