Irmã Christel Burgmaier nos dá uma perspectiva histórica sobre a relação entre as Irmãs de São José de Rochester e os Padres Oblatos de Maria Imaculada.


Os padres Oblatos (OMI) chegaram ao Brasil em 1962 e sua primeira missão foi estabelecida em Paranaiguara, Goiás. Além de assumir o cuidado pastoral na região, foram fundamentais na organização e funcionamento das escolas municipais que careciam muito de assistência. Os sacerdotes queriam Irmãs na região, e quando eles ouviram dizer que umas irmãs americanas vinham falar com o bispo sobre a possibilidade de trabalhar em sua diocese, eles fizeram de tudo para que eles estivessem no lugar certo na hora certa! E assim começou nossa história de trabalho conjunto no Brasil.

Tivemos muitos ideais em comum: interesse na educação, amor pelos pobres, desejo de caminhar com o povo, ajudando os brasileiros a crescer, começando onde as pessoas estavam, usando seus próprios costumes e tradições e construindo a partir daí, a formação de líderes, a construção de comunidades eclesiais de base, etc.

Sendo que mais irmãs e padres vinham para o Brasil a cada ano, os padres assumiram paróquias nos municípios vizinhos, e logo em seguida as irmãs os acompanharam, espalhando-se para São Simão, Itaguaçu, Cachoeira Alta e Caçu. A cada segunda-feira, todo mundo se reunia em Paranaiguara. Segunda-feira era nosso dia de folga e muitas vezes fizemos coisas juntos. A manhã de terça-feira foi reservada para oração e estudo, e depois de almoçarmos juntos, todos voltavam para suas próprias cidades. Estes encontros semanais foram oportunidades de crescimento e apoio para as duas comunidades religiosas que estavam se adaptando a uma nova língua, uma nova cultura e um novo modo de viver como a Igreja pós-Vaticano II. Criaram-se laços de apoio mútuo que perduram até hoje.