Assistimos ontem, 8 de maio, sair a fumaça branca do chaminê do Vaticano, anunciando, "Habemos Papa!".
Demorou um pouco para ouvir o nome que o cardeal eleito papa escolheu, Leão XIV, recordando Leão XIII, autor da encíclica Rerum Novaram, assim dando início à Doutrina Social da Igreja, denunciando as condições desumanas às quais os operários estavam sendo sujeitos nas fábricas na Europa no fim do século XIX, e defendendo o direito dos operários se organizarem em associações e sindicatos. Não foi por acaso. Indicou uma preocupação pastoral e social.
Um padre agostiniano, missionário no Peru por mais de 20 anos, naturalizado peruano, que serviu como Superior Geral da sua congregação, visitando seus irmãos servindo em mais de 50 países do mundo, traz muitas experiências que convergiram para formar sua visão de mundo, sua abertura aos outros, especialmente aos pobres, respeitando a diversidade cultural, religiosa, racial.
Sua convivência com o povo no interior do Peru deve tê-lo sensibilizado como pastor, próximo do povo. Por isso se naturalizou peruana, para manter a dupla nacionalidade, mesmo vivendo fora do Peru.