A mesma grande Cruz

Ele e nós carregamos.

(Os pobres a carregam mais de perto.)

Vamos à mesma Páscoa,

que n’Ele já é Glória.

Ele nos puxa, corpo do seu Corpo.

As chagas d’Ele, agora luminosas,

- memória subversiva para sempre –

são arras fidedignas

Do seu maior amor.

Venceu!

              Cadê a morte?

Cadê seu aguilhão?

Entre o verde da vida

e as queimadas da morte,

caminhamos, seguros da Palavra.

Celebramos a Ceia da Aliança,

Entre os braços abertos em partilha

e os arames fechados no egoísmo.

- Reflexão do Pedro Casaldáliga

sobre o mural pintado por

Maximino Cerezo Barredo