Patrícia Frisk chegou ao Brasil em fevereiro de 1984, integrando-se à missão das Irmãs de São José de Rochester. Ela trabalhou como agente de pastoral em Caçu e Cachoeira Alta, Goiás e em Jardim Curitiba, na periferia de Goiânia. Durante dez anos ela serviu de várias formas, inclusive como membro da Coordenação da Região Brasileira das Irmãs de São José de Rochester e na equipe de formação das jovens irmãs. A presença dela marcou todas as pessoas em todo lugar que tiverem a graça de encontrar Patrícia. Alegre, generosa e sempre pronta para escutar, compartilhar e festejar, ela espalhou as sementes de fé e compromisso com o próximo.

Patrícia foi aos Estados Unidos para cuidar de seus pais enfermos e, após a morte deles, voltou para viver novamente no Brasil. Ela morou na Vila Regina, um bairro de Goiânia, onde ajudou na pastoral e foi muito presente na vida das famílias daquela comunidade. Trabalhou como professora de inglês, dando aulas particulares para pessoas em toda parte de Goiânia.

Apesar de ter se desligado da nossa Congregação em 1998, Patrícia sempre mantinha as amizades conosco e nós nos apoiamos mutuamente. Acompanhamos Patrícia na sua doença e testemunhamos sua coragem e vontade de viver plenamente a cada momento. Quando ela ficou bastante debilitada, em fevereiro deste ano, ela decidiu voltar para Rochester, junto à família, e a despedida dela nos parecia a última. Mas seu amor pelo Brasil e desejo de ficar aqui a trouxe de volta a Goiânia em abril, 2011, logo após o tratamento em Rochester que lhe deu uma melhora temporária. Alguns meses depois ela decaiu novamente, e resolveu voltar para Rochester, fazendo a última viagem no dia 8 de agosto. Lá, ela lutou por mais 6 semanas, aproveitando cada dia para viver com seus amigos e familiares. As Irmãs de São José, junto com seu irmão Dave, sua cunhada Doreen, e todos os seus sobrinhos, celebraram sua vida e ressurreição na capela da nossa Casa Mãe e ela foi enterrada em Elmira, NY, sua cidade natal, ao lado dos seus pais.

Aqui, no Brasil, as duas comunidades que conviveram mais tempo com a Patrícia também celebraram a memória dela numa missa de 7º dia e numa outra de um mês de falecimento. Foi muito comovente ouvir o testemunho de várias pessoas que contaram como ela comunicava confiança e as encorajou a assumir serviços nas comunidades. Continuam servindo até hoje e dão graças a Deus pelo apoio e carinho dela. Ela deixou muitas saudades!