Dá-nos, Senhor, aquela Paz estranha
que brota em plena luta
como uma flor de fogo;
que rompe em plena noite
como um canto escondido;
que chega em plena morte
como o beijo esperado.
Dá-nos a paz dos que andam sempre
nus de vantagens,
vestidos pelo vento de uma esperança núbil.
Aquela paz do pobre
que já venceu o medo.
Aquela Paz do livre
que se apega à vida.
A Paz que compartilha em igualdade
como a água e a Hóstia.
Dá-nos tua Paz, a tua!
Tu que és a nossa Paz.
Pedro Casaldáliga